Meio Ambiente e o EPS

O EPS (Poliestireno Expandido), mais conhecido como "isopor", que será o nome utilizado nas informações a seguir, é um produto sintético proveniente do petróleo e deriva da natureza, tal como o vidro, a cerâmica e os metais.

Na natureza o isopor leva 150 anos para ser degradado, conforme estimativas. Na natureza, pelotas de isopor são confundidas com organismos marinhos, como o plástico, e ingeridas por cetáceos e peixes, afetando-lhes o sistema digestivo.

Quimicamente, o isopor consiste de dois elementos, o carbono e o hidrogênio. O isopor não contem qualquer produto tóxico ou perigoso para o ambiente e camada de ozônio (está isento de CFCs). O gás contido nas células é o ar.

Por se tratar de um plástico e de ser muito leve, o processo de fabricação consome pouca energia e provoca pouquíssimos resíduos sólidos ou líquidos. O gás expansor incorporado na matéria prima é o pentano.

O isopor pode ser considerado um produto ecológico, já que não contamina o solo, a água e o ar e é 100% reciclável e reaproveitável.

A utilização do isopor como isolamento térmico permite poupar energia que, durante a vida útil do edifício, pode chegar a ser centenas de vezes superior à energia consumida durante a sua construção. Esta economia de energia significa que, para além preservar os recursos energéticos, o uso de isopor reduz a emissão dos gases poluentes e dos gases que contribuem para o efeito estufa na atmosfera.

 

Reciclagem e o Projeto Abrapex

Segundo a Associação Brasileira do Poliestireno Expandido (Abrapex), foram produzidas 55 mil toneladas do material no Brasil em 2007 e outras 2 mil toneladas foram importadas junto a equipamentos eletrônicos e diferentes bens trazidos do exterior. Mas, ao contrário da crença espalhada no país, o EPS é totalmente reciclável e já existem algumas empresas no Brasil que o reutilizam.

Apesar das dificuldades, há quem já esteja trabalhando com o reaproveitamento do isopor. A cooperativa paulistana Coopervivabem começou a recolher e a vender o EPS em janeiro de 2007 e hoje funciona como um ponto de coleta para as outras cooperativas de reciclagem da cidade: ela compra o produto sujo, faz a remoção de fitas adesivas, papéis, grampos e outros materiais e o revende. "Antes o isopor não tinha finalidade nenhuma, ia parar no lixo. Agora, já tem valor comercial que torna a coleta viável", diz Elma de Oliveira Miranda, tesoureira da Coopervivabem.

O valor a que Elma se refere, no entanto, ainda é baixo se comparado com materiais mais caros, como o alumínio ou as garrafas PET. Em São Paulo, o quilo do EPS limpo é de R$ 0,40, R$ 3 a menos do que o quilo do alumínio e R$ 0.80 mais barato do que o quilo do PET.

Mesmo assim, Elma e os outros 63 cooperados animam-se com a perspectiva de complementar a renda. No primeiro mês da ação, foram recolhidos 1.523 quilos de isopor. Atualmente, a média é de 4.273 quilos por mês. "Aconselhamos a população a sempre enviar o EPS para a reciclagem. Se o ponto de coleta não tiver um recipiente próprio, é só colocar junto com os plásticos", declara.

Depois de limpo, o isopor da Coopervivabem é encaminhado para a ProEcologic, única recicladora totalmente dedicada ao EPS no Brasil. Há um ano e meio no mercado, a empresa desenvolveu uma tecnologia que retira o oxigênio do material, diminuindo seu volume. "Nos baseamos em uma tecnologia coreana para desenvolver uma máquina portátil, de apenas um metro quadrado, que viabiliza o transporte e o armazenamento do isopor", afirma Daniel Cardoso Fernandes, gerente de produção da empresa.

Sem oxigênio, o EPS passa a ser uma massa compacta, que depois é novamente transformada em grãos e encaminhada para a fabricação dos mais diferentes produtos, como rodapés, molduras, porta-retratos, cabides e réguas.

Segue as etapas do processo de reciclagem do ISOPOR:

1ª Etapa: “Quebra” do isopor em pedaços menores (forma correta para melhoria da reciclagem e ocupação do espaço).
2ª Etapa: O material é aglutinado, através de exposição ao calor e ao atrito.
3ª Etapa: Já bastante adensado, o material é colocado na extrusora, onde é submetido a novo aquecimento, em temperaturas controladas, até seu “derretimento” (e não a queima).

4ª Etapa: Nesse estado, o isopor é homogeneizado e transformado em filetes, na forma de “espaguete”.
5ª Etapa: Depois de resfriados e secos, os filetes passam por uma máquina de picotes que transforma o poliestireno em grânulos.
Após a cinco etapas do processo de reutilização, conforme informado acima, o material está pronto para ser reutilizado novamente em diversas formas e formato.

 Leia mais sobre o assunto em : tvecologica.wordpress.com/2008/08/11/reciclagem-do-isopor/  e  noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2008/05/19/ult4477u644.jhtm

 

A ABRAPEX ( Associação Brasileira do Poliestireno Expandido) afirma que foram produzidas 55 mil toneladas do material no Brasil em 2007 e outras 2 mil toneladas foram importadas junto a equipamentos eletrônicos e diferentes bens trazidos do exterior. Mas, ao contrário da crença espalhada no país, o EPS é totalmente reciclável e já existem algumas empresas no Brasil que o reutilizam.

O presidente da Abrapex, Albano Schmidt, conta que metade da produção nacional de isopor é usada na construção civil e fica incorporada à obra, mas o restante poderia ser transformado. "Não temos dados concretos sobre a quantidade de EPS reciclado, mas estimamos que somente 5 mil toneladas recebam o destino adequado", afirma.

 Para saber mais sobre a ABRAPEX segue o link: www.abrapex.com.br